Enquanto o Brasil se prepara para o início da colheita da safra de soja 2024/25 – a Abertura Nacional da Colheita será no próximo dia 7 de fevereiro, na região de Sinop, Mato Grosso, em Mato Grosso -, no extremo norte, em Roraima passa pelo vazio sanitário da soja. Aliás, na prática, a colheita já até começou em Mato Grosso.
Essa medida estratégica, que começou em 19 de dezembro e se estenderá até 18 de março de 2025, é essencial para garantir a saúde das lavouras e fortalecer a produção do estado no cenário nacional.
O vazio sanitário da soja é uma prática obrigatória determinada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e tem como principal objetivo combater a ferrugem asiática, uma das maiores ameaças às lavouras de soja. Durante 90 dias, produtores são proibidos de cultivar ou manter plantas vivas de soja em qualquer estágio de desenvolvimento. Essa pausa interrompe o ciclo do fungo Phakopsora pachyrhizi, evitando a formação de esporos que poderiam se espalhar nas próximas plantações.
Em Roraima, onde a produção de soja tem crescido de forma consistente, com áreas cultivadas já ultrapassando 140 mil hectares, o vazio sanitário desempenha um papel essencial. Além de proteger as lavouras locais, a medida contribui para o fortalecimento da agricultura sustentável, posicionando o estado como um importante ator na cadeia produtiva nacional.
Apesar de ser uma fronteira agrícola mais recente no Brasil, Roraima vem se destacando pelo avanço rápido na produção de soja. A safra 2023/24 já consolidou a força do estado, e as perspectivas para os próximos anos são de expansão contínua. Essa evolução é acompanhada por políticas rigorosas de controle fitossanitário, que garantem a qualidade e a sanidade da produção.
Desde que a ferrugem asiática foi detectada pela primeira vez no estado, em 2021, medidas como o vazio sanitário e o uso controlado de defensivos agrícolas têm mostrado resultados positivos. Além disso, a fiscalização e o cadastro de produtores locais têm permitido maior eficiência no combate às pragas e no monitoramento das lavouras.
Enquanto Roraima protege suas lavouras e se prepara para plantar soja novamente após o período de vazio sanitário, outros estados brasileiros já estão prontos para colher. A Abertura Nacional da Colheita da Soja, programada para fevereiro, celebra o início de uma safra que promete ser histórica. Mato Grosso, líder na produção nacional, será o palco do evento que simboliza o vigor do agronegócio brasileiro.
Essa conexão entre manejo sustentável, como o vazio sanitário em Roraima, e a grandiosidade da colheita em estados como Mato Grosso, reforça o papel do Brasil como líder mundial na produção de soja. Mais do que números, essa integração é um exemplo de como tecnologia, gestão e práticas responsáveis permitem ao país alimentar o mundo, mantendo-se competitivo e sustentável.
Com o vazio sanitário encerrando o ciclo da ferrugem asiática em Roraima e a colheita prestes a começar no restante do país, o Brasil demonstra sua força e capacidade de gestão no agronegócio. O compromisso com a sanidade das lavouras e a preparação para uma safra abundante são marcas de um setor que não apenas sustenta a economia nacional, mas também reafirma a posição do país como um dos maiores produtores agrícolas do planeta.