A semana carnavalesca começou mais animada para s preços dos produtos agrícolas no mercado internacional. Os preços da soja, do milho e do trigo ensairam uma rápida, mas animadora recuperação na bolsa de Chicago.
No caso, da soja, por exemplo, um ajuste técnico de investidores, nos contratos para março subiram 0,80%, para US$ 11,93 – aproximadamente R$ 59,65 – o bushel, uma medida de volume de grãos, utilizada nos Estados Unidos, que equivale a 27,2 kg.
Os valores do milho na bolsa de Chicago, vendas para março, subiram 0,35%, a US$ 4,3050 (uns R$ 21 ao câmbio atual) o bushel. Mas apesar da elevação, o patamar de preço ainda é o menor em três anos na bolsa.
E o trigo fechou a sessão em leve alta, já que a oferta mundial é uma preocupação no longo prazo. Os contratos para março subiram 0,13%, a US$ 5,9750, o que dá quase R$ 30 o bushel.
ATRASO – A alta nos preços internacional pode vir a infuenciar a comercialização interna de soja e milho. Em Mato Grosso, por exemplo, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), as vendas da safra 2023/24 estão abaixo das expectativas.
Atingiram 40,6% do total esperado, marcando um ritmo mais lento em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando 45,15% da produção já havia sido comercializada.
O desempenho também fica aquém da média dos últimos cinco anos, que registrou uma comercialização de 58,99% neste mesmo período. Em relação ao milho, os produtores de Mato Grosso negociaram apenas 19,21% da produção da safra 2023/24, um número consideravelmente menor do que os 25,17% registrados no ano anterior.
Milho – Os produtores de milho de Mato Grosso comercializaram 19,21% da produção da safra 2023/24, mostraram os dados do instituto. O desempenho está bem abaixo da média de comercialização dos últimos cinco anos, que é de 50,52%.
A região oeste de Mato Grosso apresenta um desempenho ligeiramente melhor em comparação com outras áreas do estado, com 45,18% da soja e 25,05% do milho já comercializados. No entanto, o norte de Mato Grosso está enfrentando um atraso significativo, com apenas 19,17% da colheita de milho negociada, em comparação com os 31,08% do mesmo período do ano passado.
Algodão – Já a comercialização do algodão em pluma da safra 2024/25 alcançou 5,72% do total esperado para a produção, que será plantada somente no fim deste ano, de acordo com relatório do Imea.
Em contrapartida, a comercialização do algodão em pluma da safra 2023/24 está avançando, com 54,93% já negociados, em comparação com os 58,29% do ano anterior.
O atraso na comercialização pode indicar desafios no mercado agrícola e influenciar os resultados financeiros dos agricultores nos próximos meses.