O agronegócio do Ceará movimentou cerca de R$ 2,51 bilhões em exportações entre janeiro e novembro de 2025, segundo dados consolidados da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE). O valor é 21,96% superior ao registrado no mesmo período de 2024, e confirma o setor como um dos principais motores de geração de divisas da economia estadual ao longo do ano.
A expansão foi sustentada por cadeias já consolidadas no estado, com destaque para a castanha de caju, responsável por R$ 371 milhões. O crescimento anual foi de 88,84%, desempenho que manteve o Ceará como praticamente o único fornecedor brasileiro de amêndoas de caju no mercado internacional, respondendo por mais de 94% das exportações nacionais do produto.
A fruticultura também teve peso relevante na balança comercial do agro cearense. As exportações de frutas somaram R$ 530 milhões, avanço de 31,86% na comparação anual. Melão e melancia lideraram os embarques, reforçando a importância da produção irrigada como vetor de renda e emprego, especialmente nas regiões produtoras voltadas ao mercado externo europeu.
Outro segmento estratégico foi a cera de carnaúba, que gerou aproximadamente R$ 530 milhões, com crescimento de 35,91% em relação a 2024. O produto manteve o Ceará como principal exportador do país, com 74% de participação nacional, atendendo sobretudo indústrias da China, Alemanha e Estados Unidos. Já o setor de pescados acumulou cerca de R$ 517 milhões, tendo a lagosta como principal item da pauta e os Estados Unidos como principal destino.
Além do desempenho comercial, 2025 também foi marcado por investimentos produtivos ligados ao agro no interior do estado. Protocolos firmados pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico (Condec) envolvem R$ 10,3 bilhões em investimentos previstos e potencial de 11,9 mil empregos diretos, enquanto projetos em operação, como a expansão da fruticultura irrigada em Morada Nova, já respondem por 1,6 mil postos de trabalho, com projeção de crescimento nos próximos anos. O conjunto desses números indica que o avanço do agronegócio cearense vai além das exportações, com impacto direto sobre renda, emprego e interiorização do desenvolvimento econômico.








