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USDA: Brasil amplia liderança e responde por mais da metade das exportações globais em 2025

O Brasil ampliou sua liderança no mercado internacional de soja em 2025 e passou a responder por mais da metade das exportações globais do grão. Dados consolidados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicam que, de um total de 184,8 milhões de toneladas comercializadas no mundo, o país foi responsável por 55,8% dos embarques, consolidando sua posição como principal fornecedor global da oleaginosa.

O avanço ocorreu em um cenário de ampla oferta mundial. A produção global de soja alcançou 427,15 milhões de toneladas na safra 2024/25, com desempenho positivo nos três maiores produtores — Brasil, Estados Unidos e Argentina. Mesmo nesse ambiente competitivo, o Brasil ampliou participação no comércio internacional, sustentado por uma safra recorde de 171,48 milhões de toneladas, volume equivalente a cerca de 40% da produção mundial.

A China permaneceu como principal destino da soja brasileira ao longo de 2025, concentrando 78,3% dos embarques entre janeiro e novembro. Ainda que as importações totais chinesas tenham recuado para 108 milhões de toneladas, queda de 3,5% em relação ao ciclo anterior, o Brasil manteve espaço no mercado asiático e compensou parte dessa retração com o aumento das vendas a outros países.

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Um dos movimentos mais relevantes do ano foi a ampliação das compras da Argentina, que elevou em 73,5% as importações de soja brasileira. O fluxo atípico reforçou o papel do Brasil como fornecedor estratégico mesmo para países tradicionalmente concorrentes, especialmente em um contexto de ajustes na política agrícola e comercial argentina.

Apesar do protagonismo nas exportações, o aumento da oferta global e os desdobramentos geopolíticos mantiveram os preços sob pressão ao longo de 2025. No Brasil e no mercado internacional, as cotações médias da soja ficaram entre as mais baixas dos últimos anos, refletindo a combinação de produção recorde, competição entre exportadores e menor ritmo de crescimento da demanda chinesa.

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