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Companhia destina R$ 67 milhões para escoamento do trigo de RS e PR

Imagem: reprodução/Wenderson Araujo/CNA

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou, nesta sexta-feira (07.11), a liberação de R$ 67 milhões para apoiar os produtores de trigo do Rio Grande do Sul e do Paraná, principais estados na produção do cereal brasileiro. O objetivo da medida é acionar mecanismos de incentivo para o escoamento de até 250 mil toneladas, sendo 148 mil do Rio Grande do Sul e 102 mil do Paraná, diante dos preços de mercado abaixo do mínimo estabelecido pelo governo.

O recurso será distribuído por meio de leilões com dois instrumentos: o Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) e o Prêmio de Escoamento do Produto (PEP). No Pepro, o produtor ou cooperativa recebe o apoio equivalente à diferença entre o preço mínimo oficial (PGPM) e o valor negociado nos leilões. Já no PEP, o incentivo é direcionado à indústria ou comerciante que compra o trigo e paga ao produtor o valor mínimo estipulado, garantindo melhores condições para comercialização e retirando o excedente da região.

A decisão faz parte da Política de Garantia de Preços Mínimos e vale exclusivamente para o trigo da safra 2025/2026 dos estados do Sul, onde os preços da saca de 60 quilos vêm registrando fortes quedas. Na última sexta, o Paraná registrou cotação de R$ 64 por saca, R$ 14,51 abaixo do mínimo (R$ 78,51). No Rio Grande do Sul, a diferença é ainda maior, com o cereal sendo negociado a R$ 58,11 — prêmio negativo de R$ 20,20 por saca.

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Para os produtores interessados, é necessário estar cadastrado em Bolsa de Mercadorias credenciada, além de regularidade junto aos sistemas Sican, Sircoi, Sicaf e Cadin. O calendário de leilões será divulgado pela Conab nos próximos dias.

Segundo projeções da estatal, a safra nacional de trigo deve atingir 7,7 milhões de toneladas em 2025, uma queda de 2,4% em relação ao ano anterior. No Rio Grande do Sul, a produção está estimada em 3,7 milhões de toneladas, retração de 6,3%, enquanto o Paraná deve colher 2,5 milhões de toneladas, alta de 5,9%, reforçando o papel dessas regiões na sustentabilidade da cadeia de trigo nacional.

A medida busca dar fôlego ao setor e assegurar renda mínima aos produtores, mantendo equilíbrio na oferta e nos preços do cereal em todo o país.

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