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Compras de fertilizantes somam 24,2 milhões de toneladas e batem recorde

Imagem: reprodução/Claudio Neves

As importações brasileiras de fertilizantes atingiram 24,2 milhões de toneladas entre janeiro e julho de 2025, um avanço de 8,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O volume superou em 2,2% o recorde anterior para o período, registrado em 2022, quando as compras chegaram a 23,67 milhões de toneladas, segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O desempenho foi impulsionado pelo resultado de julho, quando o país trouxe do exterior 4,79 milhões de toneladas do insumo, o maior volume mensal do ano. O número representa alta de 15,6% frente a junho e de 7,1% em relação a julho de 2024, configurando um recorde histórico para o mês.

A Rússia segue como principal fornecedora no acumulado de 2025, com 6,88 milhões de toneladas embarcadas ao Brasil, participação de 28,2% e crescimento de 18% sobre o ano anterior. A China aparece em segundo lugar, com 5,14 milhões de toneladas (21,2%), expressivo avanço de 75,7%. O Canadá ficou na terceira posição, com 3,1 milhões de toneladas (12,8%), queda de 2,2% no comparativo anual.

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O mercado tem sido pressionado por incertezas geopolíticas, como o conflito no Oriente Médio e a intensificação da disputa tarifária liderada pelos Estados Unidos. A consultoria Datagro avalia que o risco de sanções mais duras contra países que importam fertilizantes da Rússia levou produtores a antecipar aquisições, garantindo suprimento antes de possíveis interrupções.

Com maior demanda, os preços também avançaram. Em julho, o valor médio CIF de compostos NP atingiu US$ 570,87 por tonelada, alta de 13,2% sobre junho e de 15,9% frente a um ano atrás. A ureia subiu 7% no mês, para US$ 427,37 por tonelada, enquanto MAP e KCl registraram aumentos entre 5% e 6%. Em doze meses, a ureia acumula valorização de 23%, o MAP de 23,8%, o KCl de 14,5% e o sulfato de amônio de 6,2%.

No acumulado do ano, o porto de Paranaguá (PR) foi o principal ponto de entrada, com 6,34 milhões de toneladas (26,2% do total). Em seguida aparecem Santos (SP), com 3,91 milhões (16,2%); Rio Grande (RS), com 3,86 milhões (16%); São Luís (MA), com 2,31 milhões (9,5%); e Salvador (BA), com 1,61 milhão (6,7%).

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O gasto brasileiro com importações de fertilizantes chegou a US$ 8,8 bilhões de janeiro a julho, alta de 16% em relação a 2024. O insumo representou 5,2% do total das compras externas do país no período, contra 4,9% no ano anterior.

A expectativa da Datagro é de que o segundo semestre mantenha ritmo aquecido, já que é tradicionalmente o período de maior demanda no Brasil. A consultoria projeta que 2025 pode encerrar com novo recorde, em volume e valor, ainda que a relação de troca se deteriore para os produtores que postergaram aquisições.

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